sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Medo de medos

Ás vezes os monstros são maiores que eu.
Não se preocupe com o começo triste, eu sempre melhoro no final.

Ás vezes os monstros são maiores que eu.
São grandes, de proporções incalculáveis.
Sabe quando você sobe degraus e mais degraus e não consegue ver o topo?
Justo eu que nunca acreditei em monstros.
É porque não os conheço e tenho na verdade muito medo do desconhecido.
É, monstros me apavoram então, eu presumo.


Eu tenho alguns poucos medos, poucos que se espalham por todo lugar que eu vou.
Nunca consigo fugir, corro, corro e eles sempre chegam antes de mim.
De onde vem o medo? Onde vivem os monstros? Onde a coragem se esconde?

Medo de morcego, muito medo de morcego
ah morcego, amorcego, amor, cego.
Medo de mim, medo de você, medo de quem chega 
porque quem chega pode ir embora e não voltar por um bom tempo, ou nunca mais.
Medo de nunca, medo de eterno, de ser eternamente medrosa.
O nunca é tão pessimista, o eterno é tão chato, o meio termo fica no meio, 
na fina linha entre coragem e medo, na fina linha entre amor e ódio.

Escrevi, escrevi e não escrevi o que eu queria de fato.
Nem sei o que eu queria também, nem sei o que quero agora.
É isso, 
tenho medo de querer demais ou de menos, porque eu realmente não sei qual é pior.
Acho que prefiro de novo o meio termo.
Porque de meio em meio termo a galinha enche o papo.
Ah não, não é bem assim o ditado.

Queria ser rei e rainha, pra ter meus próprios súditos pra governar, 
e o nome deles seria Monstros.
Achei!! Poder governar os medos, não para que eles deixem de existir,
mas para que eles simplesmente apareçam só quando eu achar necessário.
É isso mesmo que eu quero, bem fácil de conseguir, não?

Ás vezes os monstros são maiores que eu.
Por sorte, ás vezes não.

Nenhuma armadilha dessa estrada vai me fazer sofrer.

Eu disse que no final tudo acabava bem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário