terça-feira, 30 de setembro de 2025

Acalma (como vai sua força?)

essa daqui é a terceira, em desordem, pq ordem demais é besteira, Acalma teu coração, acalma tua alma, devagar é mais gostoso, dura mais e não desaba. Vamo de muitas vírgulas precurssoras das pausas, pra respirar e sentir, pra gente caber em frases e orações, espero que: as vezes ponto, mas nunca final, nos meios e nas conjugações, muitos pontos de exclamação, o verbo cuidar precisa se instalar, infinito é a palavra mais bonita do dicionário, não da pra mensurar, o mistério é fascinante como vc. Amor infinito é eufemismo pra amar, é sinônimo e coletivo! devagar é mais gostoso e vem com a promessa de durar, intensidade é a palavra mais bonita do meu vocabulário! ......................................................................................... esse devia ser o prefácio, de quando peixes e gêmeos/cancer se encontram no vale do anhanbaú, acalmar a mente e o coração se faz necessário! a Lia cantou pra gente entrar na ciranda, a gente entrou com tudo memo, nosso jeitinho. a Lia é aterna e recentemente eu saquei, ela vive e faz viver Itamaracá! ACALMA! se pra gente não tem mar, só o cinza concreto e a fumaça do pren, calma benzinho, a gente canta pra exu e yemanjá, À FRENTE DOS NOSSOS CAMINHOS, NUTRINDO NOSSO CAMINHAR! Cada escolha uma esquina, o Rei Tiziu ja canetou, do lado esquerdo do meu peito, direto pra esse papel artificial, cruzando os dedos, querendo encruzilhadas cruzadas nas curvas das suas encruzilhadas! a gente canta pra Ogum, ILU AÊ, OGUNHÊ! meu coração como o toque do agogô, é amor e imensidão .............................................................................................. tudo isso foi só pra exclamar, me acalmar e te acalmar, do jeito q for do jeito q der do jeito q nos couber, gosto muito de vc, nem tem como não gostar!!! .............................................................................................. agora vou respirar!

o começo Q precede o meio Q constrói o começo

(a oralidade dos nossos ancestrais me ergue sempre) ............................................................................................. PRA MEU ALÍVIO EU QUERO UM BECK, um rap um reggae as vezes um bréki. Eu sei, cê sabe, quem tem limite é município e eu sou oceano. Desaguo de amor intrínseco em mim, enquanto: mergulhos profundos de paixão! Me banho de revolta intrínseca em mim, nas veias pulsantes, no punho cerrado, nos fios do cabelo crespo, na marca de Xangô no meu rosto. Tá tudo exposto, tudo aberto e descoberto. Mas o frio não chega aqui não. Meu corpo fervendo de desejo pela vida mantém minha alma em chamas. Pega fogo, pega pesado as vezes. Pego um beck, pega nada. Aperto um fino e bolo um plano, amar e ser amada! Essa aqui é pra vc! Maravilhosidade em forma de gente! Quero de tudo um pouco mas quero muito do seu corpo quente, do seu olhar envolvente, seu sorriso atraente, sua mente brilhante. Essa nem rimou e eu sigo te desejando fortemente hahaha. Quanta rima da quinta b, ou não, queria falar alto por isso resolvi escrever. Pq essa aqui é pra vc, é pra gente, é pro q a gente pode vir a ser! (Imagina quantas mais dessa eu posso escrever?!)

se durar pouco, QUE SEJA INTENSO

se durar pouco, QUE SEJA INTENSO (repete e repete). Parte 2 da trilogia que tá mais pra "meus dedos estão me entregando". Quero de tudo um pouco como disse ali no outro. Escrevo pq preciso falar. Meus dedos são mais rápidos q minha fala. A comunicação falha me tira um pouco a paz. Ser geminiano tem lá suas vantagens. Me mostra todas elas, mas pode mostrar os desarranjos. Quero saber o q te prende e o q te solta. O q te faz flutuar e o q te traz de volta. Me conta das suas aventuras e das suas desesperanças. Me diz como chegou até aqui vivão y vivendo. Contrariando as estatísticas. Quero te ver feliz e contente. Quero te cuidar como se tivesse seu coração em minhas mãos. Ufa parei de rimar. Nem precisa mais, tá saindo tudo tão bonito. Não ligo. A beleza vem de vc e a graça, vc devia vender. A graça é sua maior graça e vc vale ouro africano! A rima é tola perto da sua grandiosidade! As palavras soam na sua boca como encantamento! Como onda q bate nas pedras pq é assim q é! E o sol q nos apresenta o dia pra gente ativar a melanina! Cabe mto sentimento em mim e agora to TRANSbordando! Ao contrário do q o cistema quer! Te gosto pra caralho isso não é novidade! Novo pra mim é o teu jeito e a tua coragem! Teus erês e tuas vontades! Potência! Te conhecer nessa era me parece milagre! Enquanto uns dizem por que, espero que vc diga: pq não? Pq não me deixar gostar de Matongo? Na Tanzânia e na Namíbia seu nome ecoa! Por que aqui eu não te deixaria entrar? Isso é uma baita declaração e com certeza um convite! Mostrar-se Matongo Pedrada na Vidraça só pra quem merece ser abençoado pelo seu axé! Nem consigo parar de escrever mas vou! Pq é simples demais, mas é de coração! Que agora tá disparado, exclamado e em chamas! É 4i20 catch a fire e fogo na babilônia!

domingo, 15 de dezembro de 2013

Se tudo isso fosse um desenho, seria meramente ilustrativo

Acho que é aquela coisa
Aquela que me pega despreparada
Porque eu acho que sei quando vai acontecer
E espero por dias, que viram meses, e anos
E de repente fecho os olhos
E antes mesmo de abri-los
É de sentir o cheiro sutil
De sentir a presença desconfortavelmente agradável
De sentir calor num dia de inverno
Que o inverno vira primavera
E as flores abrem pra você
E você parece tão infinito
Acho que é aquela coisa

E qualquer um diria que eu te encontrei
Pelo meu sorriso solto por aí
Pelas ruas que asfaltei pra abrir caminho até você
Eu seria capaz de ir a qualquer lugar
E entrar numa máquina do tempo pra voltar antes de você acordar
Porque eu pareço transbordar
E eu sei que é só seu reflexo em mim
É tudo que eu tento pensar além de você
E que todo esse tudo se resume a você
E qualquer todo é pouco sem você
E quando acordo e o sonho mais bonito está deitado ao meu lado
Qualquer um diria que eu te encontrei

E se tudo isso fosse um desenho, seria meramente ilustrativo

sábado, 9 de novembro de 2013

É o que se passa aqui do lado esquerdo

A vida é uma árvore com galhos ligando-se a ela. Nós somos a árvore, nossos familiares, amigos ou qualquer pessoa com quem nos relacionamos, são os galhos. Galhos mais perto do chão são as pessoas mais próximas da nossa vida, as pessoas com quem falamos diariamente, procuramos mais vezes pra conversar, tomar uma cerveja no bar da esquina, pra dançar, ou praquele show, e os galhos mais distantes, são aqueles que nos relacionamos de forma mais ponderada, sem cotidianidade, que ligamos no aniversário, ou encontramos sem querer pela Augusta e trocamos uma olá, aquele primo que costumava ser nosso melhor amigo, até ir morar longe demais pra nossa amizade fazer sentido. As raízes são nossos número 1 da vida, aqueles que daríamos nosso coração arrancado com nossas próprias mãos, aqueles que lembramos quando pensamos na existência real de um deus, seja ele o jeito que for. Aqueles com o mesmo sangue que o nosso, nem sempre necessariamente o mesmo, os que brigamos constantemente e nos arrependemos logo em seguida. 
Uma árvore adubada e regada com partículas de felicidade, bastante amor não correspondido, uma boa dose de incerteza, medo e mesmo que nossa árvore tenha milhões de galhos, solidão.
Árvore que pode ser podada em qualquer momento, ou ficar seca no inverno, vibrante na primavera, que pode virar lenha.
Ás vezes pensamos qual é a utilidade dos galhos, mas se sonharmos pra fora, entendemos que uma árvore sem galhos é só um tronco.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

distante de tudo q é verdadeiro, queria viver dias artificiais. não ser iludida nunca mais. ser pedra que só serve pra virar areia quando a água bater. que por enquanto a vida bate e eu viro a outra face. me bate de novo que por mais que doa não me sinto só como na maioria das vezes. quer vir arrancar meus cabelos também? nem precisei pedir duas vezes. tira meus dentes um por um, minhas unhas, me trás todos os dias voando sem me deixar perceber. leva as certezas que restavam, leva que eu tô assim meio despegado meio desajeitado, pouco profissional. leva q me faço cego. pode levar que está difícil reagir, porque dói pisar no chão cheio de prego e carvão. não esquece nada, se esquecer te mando por correio. só deixa aquela coisa escondida debaixo da cama dentro do armário atrás da tevê no cesto de lixo dentro de mim. que hoje tá foda pra respirar, e dormir é impossível. só tá tendo sonhar, pesadelar, tirar a vida sem se matar. é sobrevida e sobre viver, é sobre só e a dor de ser. ver todo mundo e não se ver, não ser visto, não ter tudo só ter nada. querer voltar pra barriga da mãe e não sair de lá. querer mesmo sendo desconhecido. se jogar bosta todo dia toda hora. eu chamo em nome de deus e parece que ele não está lá. eu grito a pulsação, eu endosso o estômago, fodo meus pulmões, esqueço até do fígado. FODA-SE. foda-me. foda anos. foda essa porra que dói e não tem salvação. eu desisto de achar salvação, apenas desisto. nem mais as palavras salvam mesmo que finjam salvar. não acredito em nada mais, nem ouço mais pulsar a massa, finjo que ela não está aqui, ou melhor, não está lá porque aqui não tem mais nada, distante de mim não tem nem porque me procurar.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Em busca da felicidade

Quem é de peixes sofre. Quem é brasileiro sofre. Quem tem coração sofre. Quem não sofre?
Me lembro pouco da minha infância, tenho péssima memória exceto para nomes e fisionomias. Lembrar datas, compromissos e tomar remédios nem pensar. Aliás sobre este último, faço questão de não lembrar. Não gosto de remédio, porque ele te mascara, mascara os outros. Ai que absurdo, pessoas morreriam se não fosse pelos remédios, mas eu odeio que ele tenha que existir, porque odeio saber que se estou com uma dor e tomo um remédio, a dor continua lá, mas eu não sinto. É esconder o problema de si próprio. De vez em quando é bom sentir dor, o problema é quando se sente dor sempre. Eu sofro por dores maiores que eu, maiores que qualquer coisa que eu possa combater sozinha ou com alguém.
Como eu dizia, quase não lembro da minha infância, mas lembro de ter sido feliz, de rir o tempo todo com motivo ou sem, de estar feliz a todo momento, de reclamar apenas quando minha mãe não queria comprar alguma coisa no mercado pra mim, ou quando eu não podia descer no prédio e ficar até tarde brincando com meus amigos, mas no geral, me lembro de ter sido feliz. Era uma época linda onde eu ia pra escola, ouvia os professores falando sobre várias coisas e eu pensava em absolutamente nada, apenas que a escola era um lugar legal onde a gente aprendia coisas que não iríamos usar nunca e outras coisas que seriam importantes pra sempre. Onde eu brincava ou mais tarde conversava com os amigos. Onde depois dos horários de aula eu praticava esportes, de novo com amigos. E quando eu ia pra casa eu assistia alguma coisa legal na tevê, ia comer no Mc Donalds, encontrava com mais amigos, encontrava com meus pais (pai e mãe), eles se preocupavam em saber o que eu tinha feito de bom na escola.
Eu assistia meus programas preferidos, e sempre antes da novela eu assistia com meus pais o Jornal Nacional. Na verdade eu ficava apenas sentada no sofá, com meus pais assistindo o Jornal Nacional, e eu não entendia direito o que as notícias significavam, não entendia e por isso sequer prestava atenção. Eram dias felizes, onde eu vivia feliz ignorando os fatos do mundo lá fora, fora da minha casa, fora da minha escola, fora do shopping que eu ia passar um tempo com minhas amigas, fora dos tempos que eu passava com meus primos.
Só que alguma coisa aconteceu por volta de 2006/2007/2008. Bem possível que tenha sido o fato de eu ter virado adulta, de meus amigos terem virado adultos também. Acho que bem sutilmente, o mundo foi se instalando nos meus ombros. Na minha infância eu conhecia no máximo umas 100 pessoas, entre colegas e amigos de escola e do prédio, e amigos de amigos, e familiares. Então o orkut que eu já usava bastante me fez "conhecer" mais gente. Depois o facebook deu um up-grade na minha "adultez" e me trouxe opiniões de muita gente. Eu percebi como o mundo é grande e diversificado. Percebi como as pessoas podem ser extremamente iguais ou extremamente opostas. Eu comecei a stalkear todo mundo no Facebook, não uma pessoa específica por conta de uma paixão platônica ou algo do tipo, mas TODO MUNDO, pessoas que estavam adicionadas aos meus amigos ou não. Pessoas que compartilhavam opiniões de outras pessoas. Pessoas "x" cujas quais eu nunca seria amiga. Stalkear apenas pela curiosidade de saber o que os outros pensam. Vontade de saber sobre todas as pessoas que existem no mundo.
Foi assim, bem aos poucos, que eu comecei a ser menos feliz, rir menos, pensar mais sobre as outras pessoas. Foi por conta da internet, espaço onde mergulhei de cabeça que eu comecei a saber sobre muita gente, me aproximar da vida de muita gente. Se é a verdadeira vida dessa gente exposta na internet ou é fake, eu não sei, mas não importa muito pra mim, o que me importa é saber, ler, entender, tentar entender, tentar criar laços de pensamentos com os outros, tentar formar minhas opiniões baseadas em opiniões diversas. E foi esse o motivo da minha total tristeza hoje.
As pessoas não me deixam triste, mas os fatos que elas me trazem todos os dias sim.
Fora os problemas que tenho comigo mesma, com minhas indecisões, incertezas, desistências, falta de fé, falta de tanta coisa, ainda me vem diariamente notícias horríveis sobre o mundo, esse que antes na infância eu achava que era apenas os lugares que eu frequentava. Hoje eu posso ir à lugares apertando apenas o botão do mouse, e me deparar a cada minuto, por causa da minha curiosidade e vontade de ter todas as respostas ao mesmo tempo, com infelicidades que acontecem por aí.
Ou seja, não bastasse a minha tristeza, estando dentro de casa, de olhos fechados, de ouvidos tampados, sem conseguir respirar, ainda me vem o peso do mundo que me faz cavar um buraco no chão cada vez mais fundo, como se eu fosse uma pá e o mundo fosse um jardineiro forte que cava buracos na terra com facilidade e rapidez. Virei um Atlas atual.
Ai eu fico pensando num jeito de ser feliz, de acabar com toda tristeza que entrou em mim e deixou meu coração pequeno e apertado, e quando ligo o computador ou ligo a televisão ou abro o jornal, me vem na cara um sopro de desesperança. Um sopro que diz "não dá pra ser feliz Carla, as pessoas são infelizes, não todas, mas muitas. As pessoas morrem por nada, como se a vida fosse um fio de cabelo frágil, as pessoas passam fome, frio, sede. As pessoas passam medo sem motivo, são injustiçadas diariamente e abaixam a cabeça pra injustiça. As pessoas perdem amores, e passam a vida inteira procurando até um dia perder a esperança. Pessoas são discriminadas pela aparência, pelo gosto por determinada coisa, por simplesmente terem nascido diferentes de Adão e Eva. Pessoas não tem tempo de sonhar de noite, porque dormem tarde e acordam cedo."
As pessoas estão sofrendo todos os dias a cada minuto, e não importa se eu fico no auge da minha felicidade quando estou dançando numa balada porque sei que tem pessoas que não conseguem simplesmente colocar um pé na frente do outro porque levaram um tiro de bala perdida e ganharam uma cadeira de rodas.
Porque eu preciso buscar a felicidade toda hora, buscar a felicidade, buscar, ir atrás dela, e quando consigo chegar perto, algo tão profundamente triste acontece que eu paro no meio do caminho e desisto.
Porque sempre há uma pedra no meio do caminho.
Porque não dá pra ser feliz sabendo que o mundo está triste.
Porque não dá pra querer viver sorrindo num mundo que está morrendo chorando.